quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Maré dos dias...


Os dias foram passando, as lágrimas secando, e o amor aumentando...
Os dias pareciam meses, as horas passavam às vezes, e eu perdida em minhas redes.
Não queria acreditar, via o vazio e não sabia nadar,
Fiquei perdida naquele domingo, emergida na solidão, esquecida na inquetação.
Tudo o que queria era alguém para amar, e acabei por ficar a tentar esquecer...
Mas o tempo não curava feridas, e as alegrias há muito tinham sido esquecidas, mas o aperto da alma
Remava contra os dias felizes, os sorrisos sintilantes, as mãos dadas e os corações unidos...
Já nada parecia ter sentido, sem amor, sozinha, a tentar perceber como é possível...
O amor não acaba, e não há conjugação do verbo amava, e por isso
A vida era amargura, e os dias remavam para uma negra partitura...
Tudo o que queria eram os beijos doces, os toques marotos e os passeios sem fim...
Gritei por ti, ams já não vinhas, liguei mas já não atendias e no meio de palavras minhas
Vi que te perdias...
Onde estava o homem que um dia amei, que ainda amo e sempre amarei?
Perdi-o no meio da maré, e por isso o meu corpo deambulava pelas obrigações do dia,
E a minha alma partida, não tinha pedaços possíveis de colar...
As marés dos dias foram andando,
A minha vida só ficando,
Com as lagrimas que acabaram de chorar,
Pois é impossível deixar de te amar...

0 comentários: